segunda-feira, 18 de junho de 2007

A Metamorfose do Espaço

O espaço leibniziano é constituído como um labirinto com um número infinito de dobras, similar à uma cidade composta de quadras, casas, quartos, móveis, dobras dentro de dobras, dobras e conformam espaço, como um origami.

Origami é a arte japonesa de se criar formas partindo de um papel puro, que vai se transmutando a cada dobra, gerando um novo objeto.

A dobra é o acontecimento, bifurcação que faz o ser, o surgimento de uma nova singularidade, o começo de um mundo.

Estruturas segmentarizadas e acentradas, com infinitas dobras e bifurcações nos remetem ao plano rizomático concebido por Deleuze e Guattari.


Um rizoma é constituído de sistemas acentrados, redes de autômatos finitos, nos quais os indivíduos são todos intercambiáveis, e o resultado final se sincroniza, independente de uma instância final.

A metamorfose das configurações espaciais e temporais podem ser visualizadas a partir das obras de Escher, aproximando-se de alguns conceitos trabalhados por Deleuze, como veremos em próximas postagens.

Fontes:
Deleuze & Guattari, Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, 1995
www.vitruvius.com.br - arquitexto 50

Um comentário:

Metamorfose disse...

Oi Ricardo!
Adorei a temática de seu Blog porque tem relação com o meu. O assunto da metamorfose me fascina.
Abraço fraterno!
Natalia